Antropologia do crime no Ceará

(Ilustração: Lara Albuquerque)
Por Artur Pires
A coletânea de artigos nas áreas de antropologia do crime e sociologia da violência se propõe, a partir de entrevistas com os praticantes de delitos, a entender as motivações e subjetividades das pessoas que realizam crimes como assaltos, roubos, tráficos de drogas e armas etc. Encontra-se nos artigos também uma análise da sociabilidade das camadas populares.

“Pirangueiro”, “cabueta”, “boca de prata”, “corre de ganso”, “atrasa lado”: compreendendo algumas categorias negativadas da moralidade criminal
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Durante o trabalho de campo, nas muitas conversas com os interlocutores, muitas categorias nativas surgiram. Algumas vieram como subcategorias estigmatizadas e depreciadas dentro das relações criminais. A principal delas e

“Mãezinha”: uma categoria local que põe em suspensão o ethos violento
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Dentro do espectro de relações morais das atividades delitivas no Grande Tancredo Neves (GTN), talvez nenhuma outra categoria local tenha mais capital simbólico positivado do que a “mãezinha”. Conversei com

Os códigos morais da criminalidade favelada (parte II)
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Vale destacar que o código moral das relações sociais do crime no Ceará precede a chegada massiva das facções organizadas no Estado, a partir de meados desta década (em textos

Os códigos morais da criminalidade favelada (parte I)
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Como são construídas as crenças morais de uma comunidade? Seria possível falar de uma ética universal, nos termos propostos pelo filósofo Jürgen Habermas? Em uma sociedade, a moral é imposta

“Fura até o colete dos homi”: As armas como símbolo dominante
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Quanto ao uso indiscriminado de armas de fogo para a realização de atividades criminais por sujeitos pobres, vale a reflexão: seriam as armas o “símbolo dominante” desse tipo específico de

Traumas, complexos e a luta por reconhecimento (parte II)
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Quando se pensa em uma subjetividade alicerçada em cima de experiências de preconceito e de exclusão social percebe-se que, por mais que o dinheiro exerça uma atração fascinante nesse contexto,

Traumas, complexos e a luta por reconhecimento (parte I)
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Nos diálogos que travei com os praticantes de modalidades diversas de crimes, a categoria nativa “revolta” esteve presente em muitos momentos, referindo-se a diferentes contextos: podia estar relacionada a uma

Consumo, dinheiro e sexo: a tríade hedonista da carreira criminal
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Dando continuidade à análise dos contextos que influenciam nas tomadas decisão para ingressar na carreira criminal nas favelas, outra configuração que se apresenta como mola propulsora para a “escolha” pela

A “escolha” é uma escolha? Compreendendo o ingresso nas relações criminais
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Analisando a socialidade favelada, pode-se decretar que alguém “escolhe” ser “bandido”, como se fosse uma escolha prática entre ser “traficante”, médico ou engenheiro? Que opções profissionais surgem como viáveis às

“Cadeia é uma máquina de fazer bandido”
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Neste texto, quero trazer a fala de alguns “bandidos” capturados pela lei proibicionista brasileira. Eles narram algumas histórias de suas passagens pelo sistema prisional, expondo suas experiências materiais e subjetivas.