Pontilhados



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(Ilustração: Rafael Salvador)

 

Vitória Régia

 

Pontos foram cravados

Marcando a pele: rocha

Já ressarcida

De pertencimento e espera

Velo ensolarada

Teu corpo intangível

Alimento vazios para colher árdua

Fuligens fazedoras

De mim e de ti

Engulo desejos, delírios

Corpo que se quebra de segredos

Entre tantos, tua boca

Reflexo perseguido

No chão úmido

O teu passo escuso

Um rio despencando no regaço

Me pegando desfeita

Em excessos de veias

Estourando vida.

 

 

Vitória Régia é professora por precaução e poeta por vocação.


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