Dríade



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(Arte: Rafael Salvador/Revista Berro)

Por Vanessa Dourado

 

Lenta lente latente

Corre corada

Morre amordaçada

 

Córnea cômica

Senta, sente, Santa

Trágica mágica

Agônica

Azedo medo

 

Todo seio imaculado

Lactante Édipo

Cada cabeça

Uma sentença

Que late

Em caninos dentes

 

Chupa o mundo

Tutano

Forte corte

De ardor sem dor

Vanessa Dourado é poetisa e feminista latino-americana


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