Bailarina



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Aquela garota com seus pouco mais de seis
Tinha cabelos presos em um coque
Roupas rosas como o roseado de sua bochecha
Lábios rubros como se pintados com urucum
Voava nas pontas de seus pés pequenos
Vultos do vento que ela mesma criava
Passos precisos e desengonçados
Fazia o balé mais lindo que já vi
Dançava como se pernas tivesse três
Era clássico como um bom rock
E descia ao chão de forma canhestra
Conseguia sentir seu coração: tum, tum, tum
Tinha sorriso desses largos e serenos
Seu salto no ar pintava
Um desenho turvo e engraçado
Era feliz como um bem-te-vi

Vanessa Dourado é professora por formação e poeta de coração


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