A chegada de Mário Gomes no céu (parte 1)



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(Foto: Mika Holanda)

 

Daniel Sansil

 

daí,

se entupiu de plástico e riu

se chocou contra um leve asteroide

e foi dormir

 

talvez,

pressentisse um vulto do bem

mas o certo

em sua conta

eles eram 5 ou 6

 

trancou,

de um pulo desviou de dois

segurou bem forte no rabo de deus

e escapou!

 

(voando em velocidades que nem deus devia se arriscar…)

 

“- o diabo era amigo de deus?”

o diabo era amigo de deus!

quase sempre brincavam de explosão

outras tardes brincavam de atenção

 

(tinham mania de discursar só pra ver quem falava melhor…)

 

deus era um cara simples

do bem

que  surpresa:

o diabo também

 

o poeta?

frigiu a testa

como quem não gostou

sacou uma borracha

e ameaçou apagar os dois

 

deus não disse nada

o outro se concentrou

prometeu trazer as virgens

e se viu servindo a sopa

 

o tal velho era fraco em sensatez

 

e assim, logo depois

ele amassou o papel

disse que amanhã escrevia o céu

e foi dormir

 

Daniel Sansil é isso, aquilo, acaso


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