26 novembro, 2014
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Ana Bento
a sensação de morte
que nos tira o chão
o invisível sensível
o não reconhecimento de si
diante do que já não se é
perdida entre ilusões que foram reais
e as verdades desilusionadoras
quanto de realidade a gente suporta?
quanto de sinceridade a gente sustenta?
a fugacidade e a ferocidade de um tempo criado
corroendo-nos em redemoinhos
de vestígios sem finalidade
as conexões existem por si
atestando-nos a nossa falta de controle
retirando-nos um peso das costas
a experiência da leveza
o quanto de leveza conseguimos suportar?
respiro
Ana Bento é bicho, gente, semente