Sobre a ética do absurdo



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Danielle Cordeiro

Preceitos religiosos fundamentados em regras moralizantes e padrões estipulados de comportamento, pensamento e sexualidade, fazendo-se ou querendo se fazer condutores das decisões políticas e definidores dos ‘rumos’ de uma nação não fazem parte de uma prática atual, nem no mundo nem no Brasil. Nem muito menos guardo a “ilusão” de que esses “senhores da verdade, da vida e da fé” tenham simplesmente implodido na pós-ditadura e por um passe de mágica ressurgiram com o nome de “bancada ruralista” mais recentemente.

Ao meu ver, temos reforçado uma “geração” de políticos em nossos Congresso, Câmaras e Assembleias profundamente imbuídos da função divina e moral de banir e/ou reformar “vândalos, subversivos, depravados, pederastas, ambientalistas incômodos e vagabundos”, estes de todas as matizes (manifestantes políticos, defensores/as das liberdade sexual, do aborto, da terra, das águas, como camponeses, populações étnicas, dentre outros).

E a reorganização e fortalecimento desses setores moralizadores não se fazem mais sob a alcunha de um “casaco de general cheio de anéis”, mas sob o “soar da democracia” que torna a questão mais complexa. E os “caras” estão tão “na moral” que se sentem completamente à vontade para manifestar publicamente a defesa de ações fascistas e criminosas que só estimulam a violência, e ainda com o reforço do Estado, da polícia e da mídia… que vêm tirando a vida de Donatis, Amarildos, Douglas Rafael e tantos outros/as.

Danielle Cordeiro fala pouco quando não está berrando


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