7 agosto, 2014
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Daniel Sansil
Saia de mim poesia morta
que eu, brotando do céu
caio no infinito
só pra me esparramar
pra criar coragem
sem criar vergonha
num salto inicial
e derradeiro
Inventei a poesia quando criança
justo no instante
em que as nuvens
me tomaram a visão
eu já pressinto o chão
e rio pra relva
reinventando
o instante exato
eu sou um, mas sou exato
só um, mas faço estrago
não peço desculpas ao tempo
porque o tempo
é o que eu deixei ele ser
Daniel Sansil é isso, aquilo, acaso