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(Ilustração: Rafael Salvador)
Por Nagle Melo
Por que encaram o Amor com leveza? Talvez por saber que ele é prazer, mas também dor. Talvez porque ao mesmo tempo que ele proporciona uma paz interior ele pode arrancar essa mesma paz e fazer um rebuliço louco dentro da gente. Talvez porque ele não seja garantia de felicidade, de tranquilidade, de despreocupação; de um ‘felizes para sempre’. Deparar-me com estas ideias não me faz achar que sei sobre o Amor. Porque eu não sei mesmo.
Eu o sinto. E sentir está para além de todas as palavras que eu possa dizer, escrever e gritar. Está para além do que vêem (de fora). Senti-lo está para além do que os grandes escritores registraram em seus livros.
Sentir é do âmbito da experiência, daquilo que se vivencia. E viver corresponde a arriscar- se. O tempo inteiro.
O Amor é arriscar-se a sentir uma vida que pulsa dentro da gente. É assumir as dores que surgem e encará-las com dignidade e respeito.
É amar, acima de tudo, a si mesmo.
Que não percamos a coragem, porque esta sim é o que me mantém viva e amando, apesar de tudo.
Nagle Melo é psicóloga, amante do ócio e escreve o que seu coração grita
*Que tal mais reflexões sobre o Amor, hein? Aqui ó: Ensaio sobre o Amor