2 abril, 2015
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(Ilustração: Rafael Salvador)
Vitória Régia
Pontos foram cravados
Marcando a pele: rocha
Já ressarcida
De pertencimento e espera
Velo ensolarada
Teu corpo intangível
Alimento vazios para colher árdua
Fuligens fazedoras
De mim e de ti
Engulo desejos, delírios
Corpo que se quebra de segredos
Entre tantos, tua boca
Reflexo perseguido
No chão úmido
O teu passo escuso
Um rio despencando no regaço
Me pegando desfeita
Em excessos de veias
Estourando vida.
Vitória Régia é professora por precaução e poeta por vocação.