Papo de bêbo – A mesa de bar e o que ela nos traz*



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(Foto: 1Bando Comunicação)

Que sem graça seria a vida se não a compartilhássemos, né verdade? Não estamos falando do compartilhamento virtual; falamos mesmo é de compartilhar vida vivida, alegrias, angústias, frustrações, risadas, confidências, dores de cotovelo, poesia… A mesa de bar comporta tudo isso! É um dos melhores lugares que existem para tal fim!

É na mesa de bar que nos desnudamos inteiramente, mais do que em qualquer divã ou motel. Porque quando estamos lá, a cada gole, tiramos uma peça de roupa das amarras invisíveis que nos prendem. A cada trago goela abaixo, vamos nos revelando mais autênticos, mais livres, mais… nus!

É com este objetivo – que fiquemos cada vez mais nus! -, que a Berro traz para vocês uma despretensiosa listinha com quatro bares que julgamos rochedas e que, portanto, merecem uma visitinha! Degustem! Pode ser que na próxima edição a gente traga mais alguns outros. Agora, dá licença que o Bode Berro já está aqui impaciente, nos cutucando pra tomar umas! Tin-tin! Saúde!

Churrasquim da Lenusa – Rua Enfermeiro Joaquim Pinto, 179, Cidade dos Funcionários

Não é mais novidade para ninguém a proliferação de churrasquinhos pela cidade. Tem para todos os gostos! Do siamês ao angorá, do persa ao pé-duro, o fato é que em tudo que é canto de Fortaleza você pode se deparar com um churrasquinho de gato em alguma esquina. A concorrência é dura, mas o Churrasquim da Lenusa, na Cidade dos Funcionários, entra na nossa respeitável e despretensiosa listinha pelos seus diferenciais: mesas e cadeiras no meio da rua, uma vizinhança mó limpeza, cerveja “véu de noiva” estupidamente gelada e um baião de dois divinamente saboroso. Sem falar que você escolhe a música que quer ouvir: é só levar seu pen drive com as musgas e esperar sua vez. À parte o churrasquim, que funciona de quinta a sábado, a Lenusa está aberta diariamente, a partir das 6 horas da manhã, já com caldim de caridade, canja, tapioca, panelada, marujim, lasanha… Vale a conferida!

Bar do Ferro Velho – Rua Confúcio Pamplona, 352, Benfica

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(Foto: 1Bando Comunicação)

Coexistem no Benfica os ambientes universitário e boêmio. O segundo consequente do primeiro e, diríamos até, inerente. E se é pra falar de universidade e boemia tem que chamar o Ferro Velho pra conversa. O bar tem como atrativo paralelo à cerveja gelada e à comida boa e barata, a hospitalidade e intimidade que ele gera em quem pisa por lá. Poucos bares completam o Benfica como esse, em tempo integral, sempre pronto pra oferecer um baião de dois ou uma moqueca de arraia magníficos na hora do almoço, ou a cervejinha sentado nas mesas ao ar livre no final da tarde ou até, para os autênticos boêmios, a cervejada acompanhada do burrim noite adentro. Desde a simpatia dos queridos donos do espaço, dona Leide e seu Paulo, passando pelo garçom mais limpeza da galáxia, o Tom, ao impecável cardápio com preço acessível aos assíduos – e lisos – frequentadores universitários, o bar proporciona o que todo mundo procura depois de um dia de aula ou trabalho desgastante: conforto, tranquilidade e boas vibrações. Para quem quer conhecer a energia benfiquense, não pode deixar de passar nesse aconchego de lugar!

Caribe – Rua Frederico Borges, 430, Varjota

Esse está na nossa listinha porque já salvou muita gente no fim de noite. Quando a noitada está acabando e os primeiros feixes de sol anunciam o novo dia – e ainda assim você quer continuar na bebedeira, o Caribe é sal! Também conhecido como bar dos bruxos, lá você ainda pode se deliciar com um brega ou um forró vindo diretamente dos teclados. A cerveja quase sempre é geladinha. De rango, a Berro não se julga apta a indicar nenhum, até porque nas vezes em que estivemos por lá, a última coisa que queríamos era comer, se é que nos entendem! Vida longa ao Caribe! Há anos salvando noites!

 Gato Preto – Rua Instituto do Ceará, 7, Benfica

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(Foto: Facebook Gato Preto)

Situado no Benfica, o Gato Preto é daqueles bares que, à primeira vista, pode parecer descuidado ou underground demais. Mas quem disse que ele não é? Aliás, é exatamente esse ar de “não tô nem vendo ó” que faz dele um dos melhores bares da cidade pra conhecer gente boa, escutar músicas rochedas e tomar uma cerveja gelada. É um aconchego só! Sem falar que tem também o diferencial de se poder beber no meio da rua, ao ar livre, e sempre a poucos metros para se escorar em algum canto próximo e torrar um. Vale dizer também que o dono, o Mansuelo, com seu jeitão tranquilo, é dez anos! (Depois dessa, o Bode Berro está pedindo uma conta vitalícia, hein?).

*Texto publicado na Revista Berro – Ano 01 – Edição 01 – Maio/Junho 2014

 


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