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Débora Suelda
A mulher tomou cachaça
e na roda entrou.
Estava duplamente embriagada,
pelo álcool e pelo tambor…
Roda , roda, roda!
Movimenta os teus pensamentos,
joga na roda o que o já passou,
junto com aqueles momentos
em que o demônio te encontrou.
Roda, roda, roda!
Que o mundo também roda com teu girar,
não te iludas nessa roda de amores,
pois, todos estão rodando,
mas tu não continuarás a rodar.
Roda, roda, roda!
Roda agora,
bem devagar,
imita o balanço das ondas,
e a tua mãe Iemajá.
Roda, roda, roda!
E reaprende a amar,
na roda em que estás agora,
ele reprova o teu gingar,
e por isso a roda braveja:
– Aqui ele não passará!
Débora Suelda é oficialmente professora, mas, psicóloga nas horas vagas, expressa os sentimentos que tem do mundo, quase sempre, através de poemas