12 dezembro, 2014
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Bárbara Braz
e aí você fecha os olhos
lembra
lembra dos pés descalços
na areia
lembra da vida
vagarosa
lembra dos sorrisos bem-vindos
de estranhos
estranhos-amigos
lembra da água
salgada de luz
lembra do relógio
que espera o tempo
sem pressa,
mas com excesso
de amor
de paz
de serenidade
lembra da pureza
há muito esquecida
lembra do possível
nos tempos do impossível
lembra de ti
do teu eu mais profundo
e sagrado
aí você perecebe
que lembranças também são vida
mas as lembranças sozinhas são morte.
morte-em-vida.
Bárbara Braz é assistente social e sonha com uma sociedade em que todas as pessoas tenham sua dignidade respeitada