16 julho, 2015
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(Foto: Divulgação/Palavras Ressentidas)
Por Vanessa Dourado
Na rouquidão de sua voz embriagada
surgiam esqueletos de um amor distante,
nunca deixado de lado,
nunca negado.
Não sabia, mas seu olhar carregava
uma tristeza de quem sofre pela voz calada
nunca expressada,
nunca admitida.
Suas mãos eram cheias de ontem
seus beijos com flores de remorso
morriam sem perfume
na boca de uma estranha.
* Poema publicado no livro Palavras Ressentidas, da autora.
Vanessa Dourado é poetisa e feminista latino-americana