21 setembro, 2016
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Por Tiago Dias
O vento vil matou o sol da sua desumanidade
e tudo escureceu àqueles olhos que nunca piscavam
todo galo emudecido anunciou um novo dia
eis o mar de terra viril, eis a verdadeira verdade
Ó pátria amada da fome e da vaidade
quero-te nua no frio das ruas na chuva
trocar-te-ei as roupas, dar-te-ei o pão
meus olhos e meu violão
Ó pátria amada da fome e da vaidade
deixa quem és voltar ou devolve meu sangue
há muito que o arado é em teu asfalto
implacável – regado por lágrimas dos quatro cantos desse chão
colhe a vida, nina e embala a fé
Tiago Dias é poeta e contista