Barata



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(Ilustração: Juliana Lima)

Instruções:

As partes em lacuna devem ser preenchidas, respectivamente, por um dos pares de expressão a seguir;

1. Pura ou

    lúbrico    

2. A vida ou

        o prostíbulo

    3. Afundo-lhe a morte ou

                             ponho-lhe para

                             fora a ponta do meu frio aço de 

                             morte

os espinhos parecem estão em meu peito furam e furam lentamente e destilam seu veneno infeccioso que apodrece as nuances de minha mente nefandas imagens esvoaçam, como diáfanas chamas fugidias de lume-pronto sibilando, à dança de ímpias serpes que conduzem o metífico teatro sátiro de minhas dúvidas espumejando babas excrementadas pútridas convulsionado oscilo como um pêndulo perturbado no seu aparente regular movimento que e perde entre

não          sim

o

e

mas lhe cravo meu punhal crivado de peças de prata barata sob a luz monótona e 

do luar de fronte a          e            pelo seu ventre ainda pulsante de vida e fico, num estado de desídia estúpido, absorto….

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Marcos Roberto dos Santos é professor da rede estadual de ensino do Ceará. Publica artigos acadêmicos que tratam sobre questões de linguagem e sociedade; publicou ensaio literários e as seguintes poesias: “Hora Extrema”, “Isca de Iago”, “Libertação”, “Os Bailarinos”, “Meu Amor”, “Enterro, “Carmen”, “Ode à Àfrica”. Possui graduação em Letras Português e Literaturas pela Universidade Estadual do Ceará – UECE (2009) e mestrado em Linguística Aplicada pelo Programa de Pós-graduação em Linguística Aplicada da UECE – PosLA-UECE (2017). Doutorando do mesmo programa. Membro do Grupo de Estudos Bakhtinianos do Ceará (GEBACE) e do Grupo de Estudos Deleuze & Guattari (GEDEG). Bolsista da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP). Professor (licenciado para estudos) da rede estadual de ensino do Ceará – SEDUC-CE.


3 Replies to “Barata”

  1. Eu acho interessante assim:

    mas lhe cravo meu punhal crivado de peças de prata barata sob a luz monótona e LÚBRICA do luar de fronte aO PROSTÍBULO e PONHO LHE PARA FORA A PONTA DO MEU FRIO AÇO DE MORTE pelo seu ventre ainda pulsante de vida e fico, num estado de desídia estúpido, absorto….

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