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Começar alguma coisa assim, sem saber o que virá pela frente, não é fácil! Não mesmo! Mas, fazendo uso do clichê, sair da zona de conforto é importante! A Revista Berro surge por esse motivo. Seu embrião foi gerado numa conversa de mesa de bar, no começo do ano passado. Entre cervejas geladíssimas e vez por outra um baseado, surgiu a idéia de botarmos pra frente uma publicação independente e alternativa à mídia empresarial.
Eis que, meses depois, cá estamos, lindos, leves e soltos! Surgimos para nos somarmos às exitosas experiências com comunicação alternativa que vêm dando certo. Queremos ser mais um veículo a contribuir para o fortalecimento de um espaço público contra-hegemônico, engajado; um oásis de resistência ao status quo. Levaremos até as últimas consequências a máxima de que “outra comunicação é possível”.
Assim como n´O Pasquim – que para nós é referência maior -, o humor, a ironia, a galhofa, o deboche e a molecagem serão componentes imprescindíveis na construção coletiva e satírica da revista. Bebendo das referências pasquinianas, faremos um humor fortemente vinculado ao social, como instrumento de reflexão e crítica dos costumes moralistas e hipócritas dessa sociedade. Para tal, assim como Jaguar inventou o ratinho Sig para o mencionado alternativo carioca, lançaremos mão também de um mascote fuleragem, sem pudor, danado que só ele: o Bode Berro – genuinamente cearense! Ele vai nos acompanhar em todas as edições, nas matérias, entrevistas, quadrinhos, sempre deixando às claras suas posições, sem hipocrisia ou papas na língua.
Falando em língua, quanto à linguagem, deixamos claro, de início, que as amarras do jornalismo frio e tecnicista jamais nos prenderão! Esse jornalismo opaco, de terno e gravata, forjado nos manuais de redação, não nos representa! Queremos um jornalismo com pulsão e tesão, que mexa com nossos nervos, que nos emocione, que vibre, que lute, que transforme!
Enfim, galera, somos uma revista aberta, livre, fuleragem, sem linha editorial demarcada. Mas com um lado definido. Não somos de ficar em cima do muro – a não ser fugindo de um cão raivoso. A imparcialidade jornalística é uma grande mentira! Folheando a Berro, não será muito difícil perceber de que lado estamos. Não vamos nos calar; pelo contrário, mais do que nunca, vamos berrar! Vida longa à Revista Berro!
“Quem não se arrisca, não pode berrar” (Torquato Neto)
Para ler a revista na íntegra, clique aqui: Ano 01 – Edição 01 – Maio/Junho 2014