1 agosto, 2014
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A máquina que não tem vida, mas parece ter
Ela julga, culpa, luta para se manter
Ela é cheia de dentes a nos roer
Mutila os pedaços de vida traduzidos em horas
Quer o marchar de nossas botas
Quer consciência morta
Transforma vida em morte viva sem corte
Vive dentro das almas das maquiladoras do México
Se sustenta nas fábricas de moer olhos puxados que cheiram a morte
É cega, não vê gente, só pernas e braços
Fabrica papéis e rodelas de metal para comprar a sorte
Só encontra coerência no que pode ser monetariamente lógico
Não tem moral, nem ética é nem tem dó
Reinventa-se verde e planta o mundo adubado de ossos em pó
Vanessa Dourado é professora por formação e poeta de coração