24 abril, 2014
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Daniel Sansil
E o fim de tarde traz a luz
a luz sem graça, a luz do poste
e eu me vejo em embaço de arrumações
sem sentido
sem métrica
Feito fim de tarde que esconde a lua
no meio de tanta luz e fumaça
cobrindo a lua cheia
a noite se esperneia, pra arrastar as multidões
eu que não sou de ficar para trás
agarro ela pelas orelhas
o bom de ser leve é lançar-se ao vento
é ter ligeira impressão de voo
é voar mesmo que seja de ponta ao chão
no final, mesmo caindo, saberá
saberá que a dor de qualquer queda
é muito menor que a força da destreza de voar
Daniel Sansil é isso, aquilo, acaso.