15 setembro, 2017
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Por Gleyfson Rodrigues
Corre a faixa flecha
Corre o pneu petróleo
Sobre o piche derretido
O asfalto carrega a evolução humana
E pinta tudo de preto.
Sob o asfalto quente a terra sufoca.
O asfalto carrega o sonho quente
Na boleia da caçamba
Asfalto que sustenta o peso do homem e
Escorre o recurso subdesenvolvido.
No mormaço do asfalto quente
O retirante racha o solado
Crente que no
Fim
Achara São Saruê
Do asfalto só lembro
Quentura e topada
Lembro do enjoo provocado pelas faixas do acostamento.
Nas viagens
O asfalto quente
Me dá é sono.
Gleyfson Rodrigues é estudante de Letras e poeta por acaso