Mestre



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Vanessa Dourado

Para Eduardo Galeano

No nascimento do século do vento
Havia memórias de fogo
Nas veias abertas
Havia espelhos
Refletindo os olhos dos filhos dos dias
As bocas do tempo ensaiavam
Um teatro do bem e do mal
Nos dias e noites de amor e guerra
Nos abraços encontravam-se mulheres
Vivas como palavras andantes
De pernas pro ar
Hei de contemplar em um gole de vinho barato
Seu vagamundo
Entre as caras e as máscaras de suas palavras
Ser como eles é nada
Para quem um dia descobre-se Galeano

Vanessa Dourado é poetisa e feminista latino-americana


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