6 novembro, 2015
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(Foto: Vitor Grilo)
Por Vitor Grilo
Bicho comendo bicho
Cadeia natural
De longe o cheiro se sente
Universo que na real
É integralmente artificial
A superfície mente
Da boca professante da cobra voraz
Tenta saltar o sapo ingênuo, sem luz
Nas mãos um cartaz
“Vim pelo sangue
mas aqui
só vi pus”
Desespero reticente
Não há prática condizente
Poucos rindo na terra de sem dentes
Formigas operárias choram inutilmente
Os jumentos fritando à luz do dia
Um monte de bicho que fica na travessia
Foda-se essa tecno natureza fake cultural construída em terra fofa.
A academia
É
O reino
Da hipocrisia.
Vitor Grilo é poeta e “pixador”