Isso



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(Ilustração: Rafael Salvador/Revista Berro)

Por Augusto Azevedo

Independente das probabilidades e do peso contrário
Ainda acredito na humanidade e apesar da proximidade do fim
Continuo acreditando na vida.
Para não se ater às contradições do mundo é preciso ir além das falsas necessidades,
É preciso valorizar x outrx, acreditar no novo, embora este não seja nem de longe tudo,
Dimensionar que por mais desagradáveis que sejam as responsabilidades
A consciência sempre vai existir,
Assim como a brisa reveladora, o enérgico pôr do sol, a chuva sonífera,
E como o sorriso da criança, mesmo que crescida, a rebeldia dos eternos jovens, a sensatez dos mais experientes.
Embora tudo esteja fora do lugar
E que os acontecimentos nos levem a crer que o saber é nosso inimigo,
Somos capazes de inverter qualquer tipo de lógica, com humildade, honestidade e educação.
“Para tudo se dá um jeito, exceto para a morte”
No entanto para essa não surgir é preciso viver …
Viver longe de intrigas e falsidades,
Viver a própria vida permitindo que x outrx viva em paz
Viver e deixar viver,
Viver para que o futuro aconteça,
Para que as próximas gerações possam usufruir das riquezas do planeta,
Para que as alternativas ocupem o lugar das imposições.
O simples não pode ser aniquilado,
Assim como o óbvio não pode se limitar ao sim…
As disputas pelos restos apenas legitimam o nosso insucesso
E a nossa fome de num sei o quê…
Nossos medos não devem inutilizar os nossos sonhos,
Nem tão pouco sacramentar nossas aflições.
Para além das muralhas erguidas às custas da piedade e do sofrimento alheio
Pode existir um mundo outro.
Não podemos continuar subestimando nossas ações,
Pois elas protagonizam tudo que é mudança e tudo que é permanência…

Augusto Azevedo é empreendedor da área de Organizações Sociais, atualmente se encontra envolvido em estudos sobre aproveitamento de recursos hídricos com Peter Brabeck-Letmathe


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