11 junho, 2015
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(Foto: Vitória Régia)
Por Vitória Régia
O que arrebata desampara certezas
Destrói purezas
Assim tu
Leopardo cigano escondido da luz
Escuros olhos de espirais elétricos
Que me seduzem
Olhos baixos, meu túnel escuro úmido
Flor que sai das bocas de sereias
Feito prece dissonante
Tua presença imensa afogando o dizer
Calado por compaixão
É deleitoso falar de ti, como penoso pensar assim
Se verdade, faço morada no peito
Para voltar nascida e vária do teu sumo escorrendo
Mas ignora a desavença
O que só é ódio frêmito o que surge de paixão.
Vitória Régia é professora por precaução, poeta por vocação e assina o blog entreditos.wordpress.com/