A florida de Esparta



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Ronaldo Magalhães

Havia numa praça espartana do século XXI uma pequena flor que não era nem rosa nem cravo. Era pequena, amarela e com duas folhas começando a secar. Sentei-me em uma pedra cinza que, de tão baixa, meus joelhos ficaram na altura dos peitos. Olhei-a e vi suas pétalas amarelas que tremiam ao vento, enquanto que o mesmo vento fazia o caule fininho quase ficar na horizontal.

Comecei a pensar em Esparta. Se havia flores da mesma espécie naquela época. E se aquela que estava sob meu olhar tivesse 3.000 de idade? Opa! Sandálias de guerreiros e pés desnudos de mulheres nas pontas dos pés poderiam ter estado ao seu lado. Resolvi arrancar a flor, e percebi que a única testemunha daqueles tempos era a pedra em que estava sentado. Levantei e continuei a olhar os monumentos. Acho que vou visitar Atenas. O que importa era que a flor era amarela.

Ronaldo Magalhães é um fodido no amor, no trabalho, nos estudos seculares, sem dinheiro pra gastar o que lhe oferecem pra comprar. Estava ficando louco porque tentava mostrar que não era louco. Hoje tem certeza que os loucos estão lá fora


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