![\"\"](\"http:\/\/revistaberro.com\/wp-content\/uploads\/2020\/04\/ILUSTRA\u00c7\u00c3O-MITOC\u00d4NDRIA-2.png\")
H\u00e1 quatro dias, quando gravamos este podcast por chamada digital, t\u00ednhamos 5.000 casos de COVID-19 no Cear\u00e1. Hoje, no dia 29 de abril, ao lan\u00e7armos nas plataformas, j\u00e1 havia dois mil casos a mais. \u00c9 at\u00e9 dif\u00edcil pensarmos apresenta\u00e7\u00e3o para conversas t\u00e3o dif\u00edceis.<\/p>\n
A pesquisadora em sa\u00fade p\u00fablica e especialista em sa\u00fade da fam\u00edlia, Ellen Francisco,\u00a0 nos conta que, independente do cen\u00e1rio, \u00e9 preciso defender a efetiva\u00e7\u00e3o do Sistema \u00danico de Sa\u00fade (SUS) e denunciar o desmonte dele.<\/p>\n
A web s\u00e9rie Na fila do SUS<\/a> <\/span>\u201ccome\u00e7a\u00a0 como uma proposta de document\u00e1rio<\/a><\/span>\u201d. Ellen reflete que o SUS \u00e9 subfinanciado desde o surgimento dele em 1988. No entanto, a partir de 2016, este desmonte vem se intensificando com a emenda constitucional n\u00ba 95, tamb\u00e9m conhecida por “teto dos gastos”.<\/p>\n A crise econ\u00f4mica e a viol\u00eancia militar do Estado brasileiro precarizam as condi\u00e7\u00f5es de vida e aumentam a depend\u00eancia da popula\u00e7\u00e3o do SUS. Em meio a esta situa\u00e7\u00e3o, surge a ideia de document\u00e1rio audiovisual que, devido ao contexto de pandemia, \u00e9 transformado em web s\u00e9rie.<\/p>\n O SUS se encontra em coaliz\u00e3o.\u00a0 Quem defendia a privatiza\u00e7\u00e3o do sistema, hoje encontra nele a salva\u00e7\u00e3o. De acordo com Ellen, esta mudan\u00e7a n\u00e3o reflete o que aconteceu at\u00e9 aqui. \u201cO Mandetta (ex-ministro da sa\u00fade) dizia em 2018 que o SUS era muito pesado, que o SUS ia precisar pagar pelos seus servi\u00e7os, que era imposs\u00edvel manter o SUS, mas quando a gente se depara com uma pandemia, a popula\u00e7\u00e3o toda espera uma resposta\u201d.<\/p>\n “S\u00e3o duas l\u00f3gicas absolutamente diferentes. Enquanto os planos de sa\u00fade s\u00e3o geridos por empresas internacionais, como a Qualicorp e a Americas Health,\u00a0 essas empresas est\u00e3o falando de contratos de gest\u00e3o, eles n\u00e3o est\u00e3o tratando casos de sa\u00fade. Para eles, a quest\u00e3o \u00e9 banc\u00e1ria. Para o SUS n\u00e3o, tem que dar resposta a necessidade de sa\u00fade das pessoas”.<\/p>\n S\u00e3o seis epis\u00f3dios tem\u00e1ticos: O povo da rua<\/a><\/span>; Mulheres ind\u00edgenas<\/a><\/span>; Favela: n\u00f3s por n\u00f3s<\/a><\/span>; COVID 19; Sistema \u00danico de Sa\u00fade e Uberiza\u00e7\u00e3o da Vida. Os tr\u00eas primeiros j\u00e1 foram lan\u00e7ados, e os \u00faltimos ser\u00e3o distribu\u00eddos at\u00e9 o fim de maio. A segunda edi\u00e7\u00e3o da Mitoc\u00f4ndria conversa sobre os processos de pesquisa e produ\u00e7\u00e3o da web s\u00e9rie e sobre a constru\u00e7\u00e3o do futuro document\u00e1rio.<\/p>\n“Sem o SUS \u00e9 a barb\u00e1rie”<\/h3>\n