(Foto: divulga\u00e7\u00e3o<\/em>)<\/p>\n \u00c9 da\u00a0cidade de Triunfo, no sert\u00e3o pernambucano, que vem um dos sons mais alucinantes da nova safra da m\u00fasica brasileira. \u00a0A banda\u00a0Ambrosino Martins<\/em>, que surgiu no ano de 1997 (e, portanto, nem \u00e9 t\u00e3o nooova assim!) \u00a0\u00e9 mais uma a somar-se \u00e0 safra de qualidade da m\u00fasica autoral pernambucana desde os anos 1990, com o movimento Manguebeat. Iniciando como um grupo de dan\u00e7a, de nome inspirado em\u00a0seu Ambrosino, um conhecido tocador de p\u00e9 de bode da regi\u00e3o, brincante de alaursa, tocador de novenas e o precursor dos festejos folcl\u00f3ricos da cidade, em meados da d\u00e9cada de 50. O grupo de dan\u00e7a deu origem \u00e0 banda que permaneceu com a mesma alcunha, uma homenagem em vida ao ilustre mestre Ambrosino.<\/p>\n O universo fant\u00e1stico e m\u00edstico do Carnaval dos Caretas, das poesias e causos sobrenaturais de Triunfo inspiraram o grupo, assim como movimentos como a Tropic\u00e1lia, o Cinema Novo, a “plagicombina\u00e7\u00e3o” de Tom Z\u00e9 e o Manguebeat de Chico Science e companhia. As m\u00fasicas do Ambrosino Martins<\/em> s\u00e3o um mosaico sonoro, uma colcha de retalhos, que transitam do pandeiro aos beats, do coco de roda do Livramento ao rock and roll. Das hist\u00f3rias de assombra\u00e7\u00e3o ao trip hop.<\/p>\n Tudo isso transforma-se num constante di\u00e1logo entre a tradi\u00e7\u00e3o e as novas tecnologias, entre a vanguarda e a cultura popular. Em seu primeiro disco oficial, A Fant\u00e1stica Ascens\u00e3o de Severina Z.<\/i><\/strong>, a banda dialoga com o universo m\u00edstico das cidades do interior, faz reflex\u00f5es sobre um mundo ca\u00f3tico e em constante transforma\u00e7\u00e3o. Realismo fant\u00e1stico, poesia, contos e causos.<\/p>\n