Rocheda – Encontro de v\u00eddeoativistas come\u00e7a hoje (26) na cidade solar e, em si, traz o questionamento sobre o ativismo e a comunica\u00e7\u00e3o que queremos. Roger Pires do Coletivo Nig\u00e9ria explica, nesta entrevista, a ideia do encontro e potencializa as possibilidades que se abrem a partir do Rocheda. A palestra de abertura acontece \u00e0s 19 horas no Porto iracema das Artes e \u00e9 aberta ao p\u00fablico. Victor Ribeiro, da Witness, faz palestra sobre videoativismo e os coletivos locais Nig\u00e9ria e Servilost compartilham experi\u00eancias.<\/em><\/p>\n

As inscri\u00e7\u00f5es para os dois dias de encontro foram destinadas a indiv\u00edduos e coletivos que j\u00e1 atuam com videoativismo, mas a mesa de abertura do evento \u00e9 a oportunidade para \u201cpessoas que tem interesse em v\u00eddeo, mas que n\u00e3o tem uma atua\u00e7\u00e3o ainda\u201d, como declara Roger. <\/em><\/p>\n

O ponto de partida foi o mapeamento dessas pessoas, o encontro representa a forma\u00e7\u00e3o e troca necess\u00e1ria para a cria\u00e7\u00e3o de uma rede de produtores audiovisuais com engajamento social. A palavra chave dessa entrevista \u00e9 transforma\u00e7\u00e3o.<\/em><\/p>\n

Como surgiu essa ideia?
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\nA ideia surgiu de um mapeamento que a Nig\u00e9ria vem fazendo de coletivos e indiv\u00edduos que est\u00e3o produzindo v\u00eddeos, principalmente nas periferias, uma galera um pouco mais nova que a gente, que, de repente, est\u00e1 entrando na faculdade, que est\u00e1 com uma sede de produ\u00e7\u00e3o audiovisual e que se encaixa muito bem com o que a Nig\u00e9ria j\u00e1 vem produzindo, nessa proposta do videoativismo.
\nA gente quer juntar essa galera para produzir junto, esse \u00e9 um dos objetivos e o outro \u00e9 trazer um pouco de forma\u00e7\u00e3o em duas pegadas que a witness traz muito bem: uma \u00e9 do v\u00eddeo advocacy, ou seja, o v\u00eddeo como a\u00e7\u00e3o transformadora, n\u00e3o s\u00f3 aquela coisa de sensibilizar a sociedade, mas fazer um v\u00eddeo que realmente tenha um impacto; e\u00a0 outro \u00e9 o v\u00eddeo como prova, usar v\u00eddeos em registro de viola\u00e7\u00f5es de direitos humanos, de agress\u00f5es em processos judiciais mesmo.<\/p>\n

Quanto a programa\u00e7\u00e3o, o que se pode esperar desse fim de semana?
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\nA programa\u00e7\u00e3o tem muita coisa no evento, a gente vai trocar experi\u00eancias, se apresentar, se conhecer. O cara da Witness, o Vitor, vai dar algo mais parecido com uma oficina, mas a gente vai deixar bem livre tamb\u00e9m pras pessoas apresentarem os seus coletivos, as experi\u00eancias, casos emblem\u00e1ticos, projetos que querem desenvolver.<\/p>\n

Ao final, a gente quer continuar essa rede, essa troca, muito provavelmente um grupo no Facebook e encontros peri\u00f3dicos para que a gente possa produzir, e a\u00ed, tem duas ideias legais: uma \u00e9 o empr\u00e9stimo de equipamentos, a gente tem um equipamento na Nig\u00e9ria um pouco mais b\u00e1sico que a gente vai t\u00e1 disponibilizando para empr\u00e9stimo e tamb\u00e9m um\u00a0 fundo rotativo solid\u00e1rio que a gente vai estabelecer em que as pessoas podem propor projetos, receber essa grana e devolver a mesma grana para que outra pessoa possa usar, ou pegar uma parte e outro projeto pega outra para incentivar ali pequenos gastos. \u00c0s vezes, as pessoas n\u00e3o tem nem o transporte para ir filmar.<\/p>\n