Coletivo Di Jej\u00ea pretende abordar bases te\u00f3ricas, demandas atuais e os movimentos pol\u00edticos pautados pela vertente dentro da realidade brasileira (Foto: divulga\u00e7\u00e3o)<\/em><\/p>\n Vin\u00edcius Martins<\/em><\/strong><\/p>\n O Feminismo Negro tornou-se importante campo de debates e afirma\u00e7\u00f5es para lutas hist\u00f3ricas das mulheres negras no Brasil. Entender suas peculiaridades e bases te\u00f3ricas em uma perspectiva brasileira \u00e9 a proposta do curso online \u201cA hist\u00f3ria do Feminismo Negro no Brasil\u201d, do\u00a0Coletivo Di Jej\u00ea<\/strong><\/em>. As inscri\u00e7\u00f5es v\u00e3o at\u00e9 o dia 10 de maio e podem ser feitas\u00a0aqui<\/a>.<\/p>\n Diferente das concep\u00e7\u00f5es tradicionais de feminismo, o Feminismo Negro busca discutir g\u00eanero, ra\u00e7a e classe conjuntamente. De modo distinto ao de mulheres brancas e homens negros, as mulheres negras possuem demandas sociais espec\u00edficas.<\/p>\n A atividade fica dispon\u00edvel na plataforma Moodle a partir do dia 15 de maio. As aulas podem ser feitas de acordo com a rotina dos participantes, durante os 45 dias de curso. Dividido em quatro m\u00f3dulos, o conte\u00fado ter\u00e1 apoio e tutoria de Jaqueline Concei\u00e7\u00e3o, articuladora do Di Jej\u00ea.<\/p>\n Ela afirma que o curso pretende delimitar as demandas e pontos de vista sobre o feminismo negro a partir de uma \u00f3tica brasileira: \u201co campo do feminismo negro no Brasil, do ponto de vista do fazer acad\u00eamico, \u00e9 um campo em disputa e tamb\u00e9m \u00e9 um campo em aberto. N\u00e3o \u00e9 um campo metodologicamente demarcado e configurado. H\u00e1 uma influ\u00eancia muito grande do pensamento norte-americano nas pesquisas e no modo que essa pesquisa \u00e9 feita pelas pesquisadoras brasileiras\u201d.<\/p>\n O objetivo do curso \u00e9 apresentar como o Feminismo Negro se configura e se organiza do ponto de vista acad\u00eamico. A atividade toma como base um resgate hist\u00f3rico inerente a luta de mulheres negras no Brasil.<\/p>\n De modo geral, a luta negra no pa\u00eds se pauta de uma perspectiva ancestral, atrav\u00e9s do culto, dos costumes, modos de vida e da resist\u00eancia pol\u00edtica, cultural e hist\u00f3rica. \u201cUm curso que paute o feminismo negro pressup\u00f5e entender o processo de luta e articula\u00e7\u00e3o das mulheres negras, seguindo a premissa dessa ancestralidade, que faz parte do nosso modo de ser e estar aqui no Brasil\u201d, afirma Jaqueline.<\/p>\n