Drawlio Joca<\/strong><\/em><\/p>\n

Em febre e olhando os motores como a uma Natureza tropical –\u00a0<\/em>
\n Grandes tr\u00f3picos humanos de ferro e fogo e for\u00e7a –\u00a0<\/em>
\n Canto, e canto o presente, e tamb\u00e9m o passado e o futuro,<\/em>
\n Porque o presente \u00e9 todo o passado e todo o futuro\u00a0<\/em>
\n E h\u00e1 Plat\u00e3o e Virg\u00edlio dentro das m\u00e1quinas e das luzes el\u00e9tricas<\/em>
\n S\u00f3 porque houve outrora e foram humanos Virg\u00edlio e Plat\u00e3o,\u00a0<\/em>
\n E peda\u00e7os do Alexandre Magno do s\u00e9culo talvez cinquenta,\u00a0<\/em>
\n \u00c1tomos que h\u00e3o-de ir ter febre para o c\u00e9rebro do \u00c9squilo do s\u00e9culo cem,\u00a0<\/em>
\n Andam por estas correias de transmiss\u00e3o e por estes \u00eambolos e por estes volantes,<\/em>
\n Rugindo, rangendo, ciciando, estrugindo, ferreando,\u00a0<\/em>
\n Fazendo-me um acesso de car\u00edcias ao corpo numa s\u00f3 car\u00edcia \u00e0 alma.\u00a0<\/em>
\n(\u00c1lvaro de Campos [da “Ode Triunfal”])<\/p>\n

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Drawlio Joca \u00e9 fot\u00f3grafo\u00a0<\/strong><\/em>(www.flickr.com\/photos\/drawliojoca<\/a>)<\/p>\n

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