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{"id":27,"date":"2013-10-24T10:48:46","date_gmt":"2013-10-24T13:48:46","guid":{"rendered":"http:\/\/revistaberro.com\/?page_id=27"},"modified":"2023-11-03T15:53:52","modified_gmt":"2023-11-03T18:53:52","slug":"a-revista","status":"publish","type":"page","link":"https:\/\/revistaberro.com\/a-revista\/","title":{"rendered":"A Revista"},"content":{"rendered":"\t\t
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A Revista Berro<\/b><\/i> \u00e9 uma publica\u00e7\u00e3o jornal\u00edstica e liter\u00e1ria sobre sociedade, arte, cultura, pol\u00edtica e humor, que tem o Bode Berro como mentor intelectual e guru espiritual. \u00c9 inteiramente diagramada e ilustrada em softwares<\/i> livres de c\u00f3digo aberto (Inkscape<\/i>, Scribus<\/i>, Gimp<\/i> e Krita<\/i>).\u00a0<\/p>

Surgimos no segundo semestre de 2013 como uma iniciativa coletiva de comunicadores (berradores) que enxergam a comunica\u00e7\u00e3o sob a perspectiva da transforma\u00e7\u00e3o social. Acreditamos numa comunica\u00e7\u00e3o engajada, feita com compromisso \u00e9tico-pol\u00edtico.\u00a0<\/p>

Desde o in\u00edcio, mais de 13 mil revistas j\u00e1 foram distribu\u00eddas de forma gratuita em bibliotecas p\u00fablicas e comunit\u00e1rias, equipamentos culturais, escolas p\u00fablicas, entidades do terceiro setor e de representa\u00e7\u00e3o coletiva (associa\u00e7\u00f5es, sindicatos, federa\u00e7\u00f5es etc.), associa\u00e7\u00f5es comunit\u00e1rias, universidades, faculdades, etc.\u00a0<\/p>

Acreditamos que a comunica\u00e7\u00e3o \u00e9 um direito humano que deve estar acess\u00edvel para todas as pessoas. A gratuidade \u00e9 um posicionamento pol\u00edtico da Berro<\/b><\/i>. Queremos n\u00e3o apenas diversificar o conte\u00fado midi\u00e1tico, mas tamb\u00e9m torn\u00e1-lo acess\u00edvel, principalmente, aos setores sociais historicamente exclu\u00eddos desse processo.\u00a0<\/p>

A equipe editorial tamb\u00e9m realiza debates e ministra cursos te\u00f3rico-pr\u00e1ticos com forma\u00e7\u00e3o em Educomunica\u00e7\u00e3o, envolvendo teoria cr\u00edtica da m\u00eddia e conte\u00fados pr\u00e1ticos nas linguagens de audiovisual, fotografia, impresso, internet,\u00a0 r\u00e1dio\/podcast e produ\u00e7\u00e3o textual. As forma\u00e7\u00f5es realizadas pela revista s\u00e3o feitas em parceria com institui\u00e7\u00f5es p\u00fablicas ou do terceiro setor e ofertadas ao p\u00fablico final de forma gratuita.\u00a0<\/p>

Mapa do jornalismo independente<\/span><\/p>

A\u00a0Berro<\/strong><\/em>\u00a0faz parte do\u00a0mapa do jornalismo independente<\/span><\/a>\u00a0no Brasil, sele\u00e7\u00e3o realizada pela Ag\u00eancia P\u00fablica em 2016, que reuniu dados de iniciativas de comunica\u00e7\u00e3o\u00a0 aut\u00f4nomas em todo o pa\u00eds.\u00a0 Um o\u00e1sis pol\u00edtico-comunicacional do jornalismo brasileiro.\u00a0\u00a0<\/p>

O bode e o b\u00e9\u00e9\u00e9<\/b><\/p>

\"\"<\/p>

O Bode Berro \u00e9 o nosso conselheiro, traz para n\u00f3s ares de cr\u00f4nica e de gaiatice, mas uma gaiatice apoiada na cr\u00edtica e no questionamento, a partir daquilo que \u00e9 falado nas ruas, nas pra\u00e7as, nas conversas de mesa de bar.\u00a0<\/p>

Falar para o cearense \u00e9 uma arte. N\u00f3s da Berro<\/i><\/b> enxergamos isso como pot\u00eancia e, em muitos momentos, o nosso estilo de escrever se aproxima da oralidade do cearens\u00eas, seja em se\u00e7\u00f5es da revista impressa, assim como no site e nas nossas redes sociais.\u00a0<\/p>

Organiza\u00e7\u00e3o editorial<\/b><\/p>

Discutimos as pautas das edi\u00e7\u00f5es impressas e do site de forma n\u00e3o burocr\u00e1tica, horizontal e criativa. Cada componente traz sua contribui\u00e7\u00e3o inteiramente pessoal e independente, que s\u00e3o mescladas com as constru\u00e7\u00f5es feitas de maneira coletiva. Nosso sistema de produ\u00e7\u00e3o de pautas \u00e9 baseado principalmente em tr\u00eas linhas editoriais, que passeiam entre o social, o pol\u00edtico e a arte-cultura: a) a relev\u00e2ncia coletiva do tema; b) a problematiza\u00e7\u00e3o das quest\u00f5es sociais; c) a perspectiva cultural, social e ps\u00edquica do conte\u00fado art\u00edstico.\u00a0<\/p>

Por fim, vale sublinhar que a Berro<\/b><\/i> agrega diversas contribui\u00e7\u00f5es, acolhendo e divulgando produ\u00e7\u00f5es liter\u00e1rias e jornal\u00edsticas, ensaios fotogr\u00e1ficos, ilustra\u00e7\u00f5es, quadrinhos, etc. de pessoas de todo o Brasil.\u00a0<\/p>

Esta revista \u00e9 constru\u00edda colaborativamente a muitas m\u00e3os, cora\u00e7\u00f5es e mentes inquietas e subversivas que tamb\u00e9m querem se comunicar.\u00a0<\/b><\/p>\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t

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Revista Berro<\/strong> <\/em>\u00e9 uma publica\u00e7\u00e3o impressa e eletr\u00f4nica sobre sociedade, pol\u00edtica, arte, cultura, comunica\u00e7\u00e3o, \u00a0literatura, humor etc., que tem o Bode Berro como mentor intelectual e guru espiritual.<\/p>

Espia a\u00ed as edi\u00e7\u00f5es impressas<\/strong><\/em><\/a>!<\/p>

I. POR QUE E PRA QUEM?<\/strong><\/p>

\"capas_berro\"<\/p>

A Revista Berro <\/strong><\/em>surgiu em maio de 2014<\/strong> no contexto de luta por mudan\u00e7as estruturais no campo da comunica\u00e7\u00e3o. Sab\u00edamos\u00a0que come\u00e7ar uma experi\u00eancia assim, sem saber o que viria ao certo pela frente, n\u00e3o era\u00a0tarefa f\u00e1cil. Mas precis\u00e1vamos faz\u00ea-lo! T\u00ednhamos que fugir da seguran\u00e7a aparente de nossos lugares-comuns que, muitas vezes, nos imobiliza. S\u00f3 verdadeiramente andamos pra frente quando sa\u00edmos da zona de conforto e\u00a0nos lan\u00e7amos ao encontro do horizonte desconhecido, do novo. Liberdade tamb\u00e9m \u00e9 risco!, j\u00e1 nos ensinaram muitos mestres. \u201cUm passo \u00e0 frente e voc\u00ea j\u00e1 n\u00e3o est\u00e1 mais no mesmo lugar\u201d, disse Chico Science certa vez. Eduardo Galeano completa: “A utopia existe para que n\u00e3o deixemos de caminhar”. \u00c9 isso!<\/p>

A Berro<\/strong><\/em> \u00e9 um passo \u00e0 frente em nossos sonhos, \u00e9 parte da caminhada rumo \u00e0s\u00a0nossas utopias de um mundo justo, humano, fraterno. \u00c9 uma iniciativa coletiva de comunicadores e berradores sociais que enxergam a\u00a0comunica\u00e7\u00e3o como pr\u00e1xis transformadora\u00a0e revolucion\u00e1ria<\/strong>. Ocupamos criticamente um espa\u00e7o contra-hegem\u00f4nico, que se prop\u00f5e a ser um\u00a0catalisador de experi\u00eancias que ajudem a denunciar e transformar o estado de coisas violento e excludente. N\u00e3o legitimamos uma sociedade que exclui, marginaliza e oprime!<\/p>

Subvers\u00e3o do olhar e da pr\u00e1tica\u00a0 \u00a0<\/em><\/h4>

Os meios de comunica\u00e7\u00e3o s\u00e3o uma ferramenta imprescind\u00edvel para a autonomia dos povos.<\/strong> Hoje, os grandes oligop\u00f3lios comunicacionais servem t\u00e3o somente \u00e0 manuten\u00e7\u00e3o da ordem simb\u00f3lica, socioecon\u00f4mica e pol\u00edtica vigente. No Brasil, a imprensa hegem\u00f4nica, tamb\u00e9m chamada de \u201cgrande m\u00eddia\u201d, que se resume a cerca de dez grupos empresariais, comandados por fam\u00edlias atavicamente privilegiadas, controla majoritariamente a produ\u00e7\u00e3o, a distribui\u00e7\u00e3o e a veicula\u00e7\u00e3o do conte\u00fado midi\u00e1tico. A comunica\u00e7\u00e3o empresarial brasileira tem sido aliada no fomento \u00e0 manuten\u00e7\u00e3o de privil\u00e9gios a determinados grupos sociais historicamente favorecidos, bem como legitima a exclus\u00e3o, a estereotipa\u00e7\u00e3o e a criminaliza\u00e7\u00e3o de grande parcela da sociedade.<\/p>

Temas como o racismo, o machismo, a homofobia, o preconceito de classe, a viol\u00eancia social e policial, entre outros que envolvam a viola\u00e7\u00e3o aos direitos humanos, s\u00e3o reiteradamente retratados de maneira distorcida pelos meios de comunica\u00e7\u00e3o hegem\u00f4nicos, que constroem um repert\u00f3rio narrativo un\u00edssono, intrinsecamente atrelado \u00e0 l\u00f3gica da domina\u00e7\u00e3o e da marginaliza\u00e7\u00e3o de grupos sociais historicamente oprimidos.<\/p>

Faz-se imprescind\u00edvel que se lute para transformar esse cen\u00e1rio. A Berro<\/em><\/strong>\u00a0visa, principalmente, \u00e0\u00a0problematiza\u00e7\u00e3o da estrutura dominante e de\u00a0quest\u00f5es relacionadas \u00e0 viola\u00e7\u00e3o dos direitos humanos, sem perder de vista o papel nocivo que o oligop\u00f3lio dos meios de comunica\u00e7\u00e3o exerce ao garantir a manuten\u00e7\u00e3o do status quo. <\/em>Por fim, a revista se prop\u00f5e a lan\u00e7ar\u00a0outros olhares e pr\u00e1ticas na comunica\u00e7\u00e3o social e na vida<\/strong>.<\/p>

Imparcialidade?\u00a0<\/em><\/h4>

Ao contr\u00e1rio da grande imprensa, n\u00e3o nos pretendemos hipocritamente neutros e imparciais, temos lado, assumimos a defesa dos interesses de grupos historicamente oprimidos e marginalizados<\/strong> pela sociedade do espet\u00e1culo. Levamos at\u00e9 as \u00faltimas consequ\u00eancias a m\u00e1xima de que \u201coutra comunica\u00e7\u00e3o e outra sociedade s\u00e3o\u00a0poss\u00edveis\u201d.\u00a0A comunica\u00e7\u00e3o, no nosso entendimento, deve servir para a supera\u00e7\u00e3o de opress\u00f5es sociais hist\u00f3ricas.<\/p>

II. LINGUAGEM\u00a0SEM NORMAS E REGIDA PELO CEARENS\u00caS<\/strong><\/p>

\"Capa<\/p>

Quanto \u00e0 linguagem, deixamos claro, de in\u00edcio, que as amarras da comunica\u00e7\u00e3o fria e tecnicista jamais nos prender\u00e3o! Essa comunica\u00e7\u00e3o opaca e sem vida, plena de normas impositivas e que limitam a liberdade de cria\u00e7\u00e3o, n\u00e3o nos representa! Acreditamos numa comunica\u00e7\u00e3o engajada, org\u00e2nica,\u00a0visceral, feita com a mente e o cora\u00e7\u00e3o,\u00a0muito al\u00e9m daquela “bonitinha” e ordin\u00e1ria, da ditadura do lead,\u00a0<\/em>forjada normativamente nos manuais de reda\u00e7\u00e3o do jornalismo convencional. Queremos uma comunica\u00e7\u00e3o com puls\u00e3o e tes\u00e3o, que mexa com nossos nervos, que nos emocione, que vibre, que lute, que transforme!<\/p>

Em muitos momentos, o nosso estilo de escrever se aproxima da oralidade do cearens\u00eas<\/strong> (“idioma”\u00a0falado pelos cearenses!), muitas vezes com ares de cr\u00f4nica e gaiatice, daquilo que \u00e9 falado nas ruas, nas pra\u00e7as, nas conversas de mesas de bar. N\u00e3o temos nenhum apego e nenhuma necessidade de obedi\u00eancia cega \u00e0s estruturas impositivas e autorit\u00e1rias da gram\u00e1tica normativa. Queremos tirar o terno e a gravata das letras e da comunica\u00e7\u00e3o; um bermud\u00e3o e uma chinela nos representam bem mais.<\/strong><\/p>

III.\u00a0(DES)ORGANIZA\u00c7\u00c3O: ANARQUISMO EDITORIAL<\/strong><\/p>

N\u00e3o temos estruturas cristalizadas para produzirmos conte\u00fado. Pelo contr\u00e1rio, recusamos qualquer meio ou instrumento que burocratize e limite nossa liberdade criativa.\u00a0Somos, antes de tudo, uma revista aberta, livre, an\u00e1rquica, sem linha editorial engessada<\/strong>. Nosso sistema de produ\u00e7\u00e3o de conte\u00fado \u00e9 baseado no nosso princ\u00edpio organizador: a amizade!<\/p>

Pensamos que, dessa maneira, com essa forma espec\u00edfica e diferente de organiza\u00e7\u00e3o de pauta, n\u00e3o burocr\u00e1tica, horizontal e criativa<\/strong>, discutindo cada edi\u00e7\u00e3o de forma espont\u00e2nea, temos uma liberdade para criar e inovar jamais permitida e imaginada num ve\u00edculo da m\u00eddia empresarial. Cada um dos componentes traz sua contribui\u00e7\u00e3o inteiramente pessoal e independente, mesclada com as constru\u00e7\u00f5es feitas de maneira coletiva, sem obedecer a nenhum marco limitador, a nenhum\u00a0engessamento\u00a0editorial. A revista \u00e9\u00a0a soma das contribui\u00e7\u00f5es individuais e coletivas. Esse \u00e9\u00a0nosso grande trunfo!<\/p>

IV. CONSTRU\u00c7\u00c3O COLETIVA: MUITAS M\u00c3OS, MENTES E CORA\u00c7\u00d5ES<\/strong><\/p>

A Berro <\/em><\/strong>foi criada para funcionar tamb\u00e9m como uma extensa\u00a0plataforma que agrega diversos berros <\/em>historicamente silenciados pelas opress\u00f5es at\u00e1vicas. \u00c9 uma iniciativa completamente aberta \u00e0s contribui\u00e7\u00f5es, feita em parceria cotidiana com as leitoras e leitores que\u00a0colaboram concretamente para o conte\u00fado da revista<\/strong>, com a produ\u00e7\u00e3o permanente de textos,\u00a0ensaios fotogr\u00e1ficos, ilustra\u00e7\u00f5es, quadrinhos, etc.<\/p>

\u00c9 nesse sentido que a Berro<\/em> \u00e9 constru\u00edda coletiva e colaborativamente a muitas m\u00e3os, cora\u00e7\u00f5es e mentes inquietas, subversivas e inconformadas<\/strong> com as domina\u00e7\u00f5es hegem\u00f4nicas. Acreditamos que berrar ajuda a expurgar muita coisa que fica entalada dentro da nossa alma!\u00a0A parceria direta, horizontal e cooperativa com nossas leitoras e leitores, tantas vezes proposta por projetos alternativos e raramente alcan\u00e7ada,\u00a0\u00e9 uma imprescind\u00edvel ferramenta para a\u00a0constru\u00e7\u00e3o de uma nova comunica\u00e7\u00e3o e de uma outra sociedade!<\/p>

V. DA TRAG\u00c9DIA \u00c0 COM\u00c9DIA: A BUSCA PELO HUMOR SOCIAL<\/strong><\/p>

\"berro<\/p>

Assim como n\u00b4O Pasquim<\/em> – que para n\u00f3s \u00e9 uma refer\u00eancia importante\u00a0-, o humor, a ironia, a fuleragem, o deboche e a molecagem s\u00e3o componentes imprescind\u00edveis na constru\u00e7\u00e3o coletiva e sat\u00edrica da Berro<\/strong><\/em>. Contudo, n\u00e3o produzimos um humor puramente diversionista, pobre e alienado, que reproduz discursos historicamente preconceituosos e opressores.\u00a0O cartunista Henfil disse que \u201co verdadeiro humor \u00e9 aquele que d\u00e1 um soco no f\u00edgado de quem oprime\u201d. Assinamos embaixo!<\/p>

Bebendo das refer\u00eancias pasquinianas, fazemos um humor fortemente vinculado ao social, como instrumento de reflex\u00e3o e cr\u00edtica dos costumes moralistas e hip\u00f3critas dessa sociedade<\/strong>. Lan\u00e7amos m\u00e3o de um humor fortemente centrado na den\u00fancia da coer\u00e7\u00e3o e da viola\u00e7\u00e3o dos direitos humanos; um humor \u00e0s vezes leve, \u00e0s vezes agressivo, de press\u00e3o e contesta\u00e7\u00e3o do status quo<\/em>. Colocamos o dedo na ferida!<\/p>

Acreditamos que o humor \u00e9 extremamente transformador, \u00e9 uma linguagem subversiva por si s\u00f3. Sempre encontra um caminho perspicaz para burlar aquilo que lhe \u00e9 imposto. Funciona como terapia coletiva, fazendo vir \u00e0 tona umas das principais fun\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas do riso, a de dissipar tens\u00f5es acumuladas. Em tempos de extremas viola\u00e7\u00f5es aos direitos humanos em todas as partes do mundo, o humor social torna-se ferramenta importante do dia a dia; a s\u00e1tira se apresenta como um ponto de agrega\u00e7\u00e3o dos\/as dominados\/as e de identifica\u00e7\u00e3o entre os\/as insatisfeitos\/as com o estado das coisas.<\/p>

VI. LITERATURA E ARTE\u00a0MARGINAIS<\/strong><\/p>

\"Lambe-lambe_2a
(#VaiTerCampinho, de Gabriel Gon\u00e7alves<\/em>)<\/figcaption><\/figure>

Vale dizer que para al\u00e9m da comunica\u00e7\u00e3o com vi\u00e9s jornal\u00edstico desenvolvemos tamb\u00e9m um espa\u00e7o potente para a literatura (contos, cr\u00f4nicas e poesias) e\u00a0para as artes (fotografia, gravuras, quadrinhos, pinturas, etc.). Consideramo-as marginais<\/em> n\u00e3o por uma suposta falta de qualidade est\u00e9tica, mas, em outro sentido, por estarem \u00e0 margem da literatura e das artes j\u00e1 cooptadas pelas domina\u00e7\u00f5es e modismos.<\/p>

Para tal, contamos com a colabora\u00e7\u00e3o de artistas e escritores\/as que contribuem frequentemente para a constru\u00e7\u00e3o coletiva da\u00a0Berro<\/strong><\/em>.\u00a0Damos vaz\u00e3o a cria\u00e7\u00f5es liter\u00e1rias e art\u00edsticas que est\u00e9tica e criticamente rompem e\u00a0fogem\u00a0aos enquadramentos propostos por “especialistas”\u00a0da\u00a0ind\u00fastria cultural.\u00a0<\/strong><\/p>

VII. O BODE BERRO<\/strong><\/p>

\"revistaberro-bodeberro-destaque\"<\/a>
(Arte: Rafael Salvador<\/em>)<\/figcaption><\/figure>

Ainda bebendo das refer\u00eancias pasquinianas, assim como Jaguar inventou o ratinho Sig para O Pasquim<\/em>, lan\u00e7amos m\u00e3o tamb\u00e9m de um mascote fuleragem, sem pudor, danado que s\u00f3 ele: o Bode Berro<\/em><\/strong> \u2013 genuinamente cearense! Ele vai nos acompanhar em todas as edi\u00e7\u00f5es, nas capas, mat\u00e9rias, entrevistas, quadrinhos, redes sociais, s\u00edtio eletr\u00f4nico.<\/p>

Em qualquer de suas formas (cartum, charge, quadrinhos), o personagem aparecer\u00e1 sempre na revista, e espalhado por todo o seu conte\u00fado, n\u00e3o confinado a determinadas p\u00e1ginas ou se\u00e7\u00f5es, sempre deixando \u00e0s claras suas posi\u00e7\u00f5es, sem hipocrisia ou papas na l\u00edngua.<\/p>

VIII. DISTRIBUI\u00c7\u00c3O<\/strong><\/p>

A \u00a0Berro<\/strong><\/em>\u00a0\u00e9 gratuita!<\/strong> Como entendemos que a comunica\u00e7\u00e3o \u00e9 um direito humano e que deve estar acess\u00edvel para todas e todos, pensamos que a gratuidade contempla nossos anseios.<\/p>

Pretendemos uma distribui\u00e7\u00e3o pulverizada por Fortaleza (cidade sede da revista), nas suas seis regi\u00f5es administrativas. A distribui\u00e7\u00e3o ser\u00e1 feita nas ruas, em pra\u00e7as, em escolas p\u00fablicas, universidades, faculdades, associa\u00e7\u00f5es comunit\u00e1rias, bairros vulner\u00e1veis e marginalizados, bibliotecas p\u00fablicas e comunit\u00e1rias, entidades do terceiro setor, centros culturais, etc.<\/strong><\/p>

Temos tamb\u00e9m colaboradores para distribu\u00ed-la nas regi\u00f5es sul (Cariri) e norte (Sobral) do Cear\u00e1 e nos estados do Piau\u00ed, Sergipe, Rio de Janeiro, S\u00e3o Paulo, Rio Grande do Sul, Paran\u00e1 e no Distrito Federal.<\/p>

Vida longa \u00e0 Berro!<\/em><\/strong><\/p>

Para saber um pouco mais sobre a revista, veja o v\u00eddeo abaixo do lan\u00e7amento em maio de 2014:<\/p>