incompreender



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João Ernesto

É uma eterna busca. Quanto mais a gente acha que está no lugar exato, toda exatidão se esvai e não sobra mais quase nada. O que vão contar como seus são alguns acessórios, o cachorro que não ladra mais e toda uma vida que nos indispomos a viver. O sentimento é impalpável, mas é agora.

Procurando pela cidade um remédio para a culpa, uma noite em claro, duas noites que poderiam ser tantas outras, de tantas formas. Pelos becos da memória ainda fresca, perambula toda a vontade de ter feito as coisas de outra forma.

Enquanto as pessoas lhe olham com tanta curiosidade, lhe têm como peça de desejo e outras coisas que queriam que fosse, tudo anda num descuido só. O desapego pelas coisas e o apego nunca mútuo pelas pessoas faz tudo empoeirar-se. Encardido das idéias, ele deita em sono profundo, mesmo sem querer. As vezes o corpo pede, as vezes ele prega peça, no sentido das coisas o corpo quer é ensinar que estamos em estado de eterno aprendizado.

João Ernesto ainda acredita que as reticências querem dizer muita coisa…


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