Ranger de dente #3

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Por João Ernesto um poro só é um poro se expelir um líquido. Um homem só é um homem se ele for visto chorando no canto de um bar. Sozinho. Um poro sua. Um homem soa…

Ranger de dente #2

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(Pintura: Noite estrelada, de Van Gogh) Por João Ernesto pensar em você é atirar uma pedra para uma pessoa cansada se afogar no meio de um rio O corpo, inerte, escorrega pela correnteza pelo menos a dez…

Ranger de dente #1

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(Foto: Kiko Silva) Por João Ernesto Numa rota de colisão eu ando apressado pelo centro da cidade onde as pessoas se esbarram, mas não se encontram incomoda os carros que arrotam buzinas os locutores que…

Bicho que olha e nada vê

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Por João Martins   sonolento o dia inteiro levantando as ideias na horizontal o corpo despende escorregando pelas ruas regurgitado pela sociedade. O rumo é a sobrevivência catando com as unhas sujas algumas bitucas de…

Atentado

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Por João Ernesto jernesto@revistaberro.com   Dos 49 mortos O que contraria a estatística é o filho de afegão Que poderia muito bem ser um morador do castelão a próxima vítima Ou algoz. Se 49, ou cinqüenta,…

Sobre o amor e a rua

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(Foto: pintura de  Jeremy Mann) João Ernesto De um ponto a outro da cidade o caminho que percorremos é o atalho da preguiça, ou o caminho atento aos detalhes. Na rua encontramos o que não se…

Naná

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(Foto: Rafael Martins) Por João Ernesto Naná foi buscar seu celular na lua Montado no seu berimbau mágico Trilha de claves e solfejos tirados de seus cabelos enrolados Foi encontrar outros lampejos De sons, flautas, batuques…

Pisoteio

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João Ernesto  chove dentro de mim mas no estômago é um mormaço passo a passo fica um incômodo entranhado num buraco na barriga como um calafrio suado Como na calçada suada a serpentina rasgada, o…

Sangue plúmbeo

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(Arte: OsGemeos) Por João Ernesto Estourou uma represa de sangue plúmbeo e a humanidade perde as carapuças. Seletivamente as pessoas não descontam mais em presidente Porque na tragédia o cúmulo da classe média faz relativizar…

Sibilas

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(Arte: Rafael Salvador/Revista Berro) Por João Ernesto Enquanto um lado pede Trabalho do outro patrão determina: nada de poesia até uma hora dessas! Enquanto o dinheiro for atalho o outro do outro lado não te…